quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sobre a felicidade.

Minha família e amigos têm sido particularmente atenciosos comigo esses dias. Algo deliciosamente curioso de notar. Não sei se algo em mim infere carência e precisão, se me sentem só e temem por mim, se me vêem como parceira nesse movimento “aqui estou, por minha conta e risco, no mundo adulto”, se têm medo da própria solidão e estão um passo na minha frente em sua busca pela proximidade, se com esta busca aprenderam mais sobre o respeito e a responsabilidade nas relações, se me amam muito e por isso sentem minha falta e demonstram isso em atitudes. Se releram o pequeno príncipe recentemente. Por um lado, penso que é tudo isso junto (tirando a parte do pequeno príncipe, essa é outra divagação exclusiva). Por outro, tenho certeza: as razões pouco importam.

Nem sempre recebo ligações, mas as que faço têm sido cautelosamente retornadas. Os encontros marcados são todos encontrados; quando não, são desencontrados com igual cautela. Aqueles que se relacionam comigo me cativam. Relações preservadas e apreciadas, mesmo quando o contato é pouco, mesmo quando o tempo é curto... Pasmo de ver todo o acolhimento, atenção e respeito.

Penso quantas pessoas no planeta têm a chance de sentir o que eu estou sentindo agora. Penso quantas delas sabem reconhecer essa grandeza. Penso em quantas vezes ela passou despercebida por mim.

Em um único feriado senti tanto amor, e tão amada, abraçada, acolhida, que precisei para estes minutos aqui e dizer mais uma vez: obrigada.

Estou certa que nenhum dos seguintes protagonistas tem a noção do quanto é amado e importante. Espero que algum dia eu os faça saber. Hoje, o que desejo pra mim é notar, sempre, as coisas pequenas. Coisas pequenas que compõem o que me orgulho de chamar felicidade.


Um comentário:

  1. Tem um ditado antigo que diz "colhemos aquilo que plantamos".
    Eu acredito que quando percebemos o amor do outro por nós é por que estamos também amando e demonstrando o amor pelo outro.
    Lindo seu texto, ou será poesia??? Pra mim o que importa é grandeza do que foi dito. Demonstra quanto é grande sua sensibilidade.
    Beijos, Maura.

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