Adoraria respostas para algumas coisas que nunca perguntei. Repostas sucintas, tipo “sim” ou “não”.
Sinceramente, até detesto resposta demais. Não quero saber os porquês. Pra que saber o porquê de não se querer ou desejar alguma coisa? Eu mesma não sei por que não quero um bocado delas, mas não as quero. E sempre que penso em explicações a dar, me sinto quase sufocando, angustiada por ter que dizer coisas que não encontro uma forma agradável de dizer, e que também não vejo razão para serem ditas.
Às vezes acontece no fim de uma relação de pouco tempo. Nas duradouras, geralmente temos coisas construtivas a dizer, conhecemos melhor o outro, ele nos conhece melhor. Mas como se explicar que “apenas não quero conhecer você melhor?” Por que alguém que não quero mais por perto precisa saber que não gostei de seus amigos, que fala muito mais palavrões do que eu gostaria de ouvir, ou não me sinto à vontade com sua família? Todas essas razões soam fúteis, provável até que pouco importasse se eu estivesse apaixonada, e eu mesma detestaria tomar conhecimento de qualquer uma delas – são pessoais demais.
Já as respostas curtas e diretas, essas me fascinam. Penso em tantas perguntas para as quais eu gostaria de pequenas respostas. Você gostaria de falar mais comigo? Você sente falta de mim? Tem vontade de me ter perto? Acha que é demais? Rápido? Intenso? Muito?
Perguntas não formuladas porque talvez respondam muito de mim.
Não tenho tempo a perder, gemem os relógios. Não gosto de plataformas flutuantes, afirmam meus pés. O futuro é sempre incerto, retruco pra ambos. Não me escutam. Eles querem respostas curtas e diretas, como seus desejos.
Sinceramente, até detesto resposta demais. Não quero saber os porquês. Pra que saber o porquê de não se querer ou desejar alguma coisa? Eu mesma não sei por que não quero um bocado delas, mas não as quero. E sempre que penso em explicações a dar, me sinto quase sufocando, angustiada por ter que dizer coisas que não encontro uma forma agradável de dizer, e que também não vejo razão para serem ditas.
Às vezes acontece no fim de uma relação de pouco tempo. Nas duradouras, geralmente temos coisas construtivas a dizer, conhecemos melhor o outro, ele nos conhece melhor. Mas como se explicar que “apenas não quero conhecer você melhor?” Por que alguém que não quero mais por perto precisa saber que não gostei de seus amigos, que fala muito mais palavrões do que eu gostaria de ouvir, ou não me sinto à vontade com sua família? Todas essas razões soam fúteis, provável até que pouco importasse se eu estivesse apaixonada, e eu mesma detestaria tomar conhecimento de qualquer uma delas – são pessoais demais.
Já as respostas curtas e diretas, essas me fascinam. Penso em tantas perguntas para as quais eu gostaria de pequenas respostas. Você gostaria de falar mais comigo? Você sente falta de mim? Tem vontade de me ter perto? Acha que é demais? Rápido? Intenso? Muito?
Perguntas não formuladas porque talvez respondam muito de mim.
Não tenho tempo a perder, gemem os relógios. Não gosto de plataformas flutuantes, afirmam meus pés. O futuro é sempre incerto, retruco pra ambos. Não me escutam. Eles querem respostas curtas e diretas, como seus desejos.